«Despertar noutro ser humano poderes e sonhos além dos seus; induzir nos outros um amor por aquilo que amamos; fazer do seu presente interior o seu futuro; eis uma tripla aventura como nenhuma outra. (..) Uma sociedade como a do lucro desenfreado, que não honre os seus professores, é uma sociedade defeituosa.» (George Steiner) |
Métodos e Técnicas de Pesquisa e de Investigação
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e Tecnologias da Informação
2º Ciclo em Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio
(1º Semestre - 30 horas)
Sinopse
Este seminário pretende capacitar os alunos para a realização científica em ciências da comunicação, oferecendo-lhes a indispensável formação metodológica e técnica. Pretende-se que os comunicadores — sejam quais forem as suas futuras áreas de intervenção — estejam preparados para identificar problemas, formular projectos de investigação e percorrer as várias etapas metodológicas que conduzam à compreensão, explicação e descrição do fenómeno comunicacional, bem como, estejam capacitados a, formalmente, elaborar uma dissertação de Mestrado.
Introdução: A natureza de uma pós-graduação
1- Iniciação à investigação
1.1. Aspectos psicológicos (entusiasmo;isolamento; o interesse,etc.)
1.2. Aspectos práticos (gestão do tempo, calendarização, fases do processo; exequibilidade; etc)
1.3. Objectivos a curto e longo prazo
2- Como fazer investigação
2.1.Características do trabalho de investigação
2.2. Recolha de informações – «o quê?»
2.3. Investigação – «o porquê?»
2.4. Características de uma boa investigação
2.5. Tipos básicos de investigação (exploração, Experimentação e resolução de problemas)
2.6. O papel do(s) orientador(es) e do orientando
3- A organização formal de uma dissertação de Mestrado
3.1. Teoria de fundo
3.2. Teoria focal
3.3. Teoria dos dados
3.4. O conceito de originalidade e de humildade científica
4-A procura do material
4.1. A acessibilidade das fontes
4.2. Fontes de Informação
4.2.1.Leituras, entrevistas e pré-inquéritos exploratórios: A compreensão e o enquadramento do campo teórico-prático de estudos.
4.2.2.Formulação de hipóteses, construção de variáveis e indicadores, correlação de variáveis.
4.2.3. A pesquisa de campo: Fontes, entrevistas, inquéritos, observações directas e/ou participantes, análises de casos, histórias de vida.
4.2.4.Constituição de tipos de amostras.
4.2.5.Avaliação e validação de resultados: Análise de conteúdo e análise estatística.
4.3. A investigação bibliográfica
4.4. Materiais de suporte à redacção final e à argumentação
5- O plano de trabalho
5.1. O índice como hipótese de trabalho
5.2. Tipos de fichas e apontamentos: Para que servem?
5.3. Como estruturar um plano geral de trabalho?
5.4. Os relatórios e as recensões: Porquê? Suas distinções.
6- A redacção
6.2. Como se escreve (a natureza do discurso científico)
6.3. As citações
6.3.1. «Quando?» e «como?» (se cita)
6.3.2. Citação, paráfrase e plágio
6.4. As notas de rodapé (para que servem?Como utilizá-las?)
6.5. Bibliografia e referências (os tipos e modos de organização/apresentação)
6.6. Os índices (os tipos e modos de organização/apresentação)
6.7. A estrutura formal de uma dissertação de Mestrado (algumas normas básicas de apresentação da dissertação final)
7- Conclusões
BIBLIOGRAFIA
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TEIXEIRA, Luís Filipe B., Obras de António Mora, de Fernando Pessoa: Edição e Estudo, edição crítica dos textos de António Mora-Fernando Pessoa transcritos, organizados e anotados por Luís Filipe B. Teixeira, edição integrada nas Obras Completas de Fernando Pessoa, no âmbito da Equipa Pessoa, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, col. «Série Maior» , 2002
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